A professora Alline Nakamura, que leciona nos cursos de Artes Visuais e Design de Interiores da UNIFAAT, foi selecionada em 21 de junho no prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, de Belém (Pará), com a série “À terra desce”.

Para participar do concurso, a professora Alline estudou-o primeiro. Pensou em cada passo para que seu trabalho a ser enviado estivesse dentro da proposta do prêmio e com o que a artista poderia realizar: “Este conjunto de ações faz parte de uma etapa que demanda tempo, dedicação e atenção. Muito(a)s artistas farão o mesmo, com rigor e suor, estarão com suas expectativas lançadas para um grupo restrito de profissionais que compõem o júri, cuja responsabilidade é grande. Participar de concursos e salões de arte é uma das formas de expor seu trabalho.”

O tema do concurso neste ano era “Vastas emoções e pensamentos imperfeitos”, baseado em um livro de Rubem Fonseca. A professora leu e estudou a obra para entender melhor o quê e se poderia mostrar seu trabalho dentro do contexto proposto, a qual trata-se sobre o Brasil pela perspectiva de um personagem cineasta. “Eu tinha uma série formada por fotos de arquivo, registradas entre 2010 e 2020. O nome dela é “À terra desce”. Trata-se de meu vínculo com as cores e os significados da bandeira brasileira. Como podem representar uma identidade, um sentimento a meu ver, atualmente dolorido, com esperança melancólica – nas relações políticas, sociais, ambientais, culturais e afetivas. À terra desce busca compreender esses sentimentos por meio de paisagens relacionadas, formalmente/diretamente ou não, ao nosso símbolo nacional mais representativo.”

É a segunda vez que a professora Alline Nakamura teve a oportunidade de mostrar o seu trabalho em Belém do Pará (polo muito importante para a fotografia brasileira). Em 2012, participou do 18º Salão Unama de Pequenos Formatos, com três fotografias.

Em relação ao prêmio, a professora comenta: “Sabe, estamos vivos e vivas! Trabalhando, sobrevivendo e fazendo arte em um país que não tem Ministério da Cultura, no meio de uma pandemia. Já enviei algumas vezes para o Diário Contemporâneo e não passei. Por isto, é importante enviar, tentar. Se você acredita em seu trabalho, inscreva-se. Se não passar, sem problemas. Reflita sobre ele, envie-o para outro concurso. Se considerar que não é o momento mais adequado, tudo bem também. O importante é ter fé e confiança no que faz, ouvir incentivos, sugestões e críticas construtivas de quem conhece profundamente o que você faz. No meu caso, são algumas pessoas queridas que convivem comigo, da área fotográfica/artística ou não. Acredite, isto é o que importa.”

Alline Nakamura é artista visual, fotógrafa e professora. É doutoranda e mestra em Artes Visuais pela USP. Integrante do Clube Atibaiense de Fotografia desde 2005. Em 2014 publicou o livro “De longe, de perto”, com o apoio do ProAC. Realizou diversas exposições, entre elas individuais e coletivas.

Lattes   

Livro “De Longe, de perto”

“De Longe, de perto” se constitui, sobretudo, de fotografias feitas entre 2003 e 2011, além de cinco desenhos do início da trajetória artística da artista, quando ainda era estudante, realizados entre 2002 e 2003.

Todas as imagens, de lembranças ou registros, foram realizadas a partir de algum lugar no Estado de São Paulo. Atibaia, Ibitinga, Lins, São Carlos e São Paulo são alguns desses locais.

Foi lançado em 2014, com o apoio do ProAC, em Atibaia, Bom Jesus dos Perdões e Nazaré Paulista. Foi distribuído gratuitamente, em vários locais, sobretudo em escolas públicas das cidades de nossa região.

Nas cidades onde aconteceram os lançamentos, foram feitas ações solidárias em prol dos asilos da região. “Agradeço a todas as pessoas que fizeram parte deste projeto”.

Acesse o link e confira. 

Ensaio fotográfico “Anteparos”, publicado na Revista ARS da USP, em maio.

Acesse os links (link 1 e link 2) e confira.

Foto de capa de Humberto Santos.

Fotos da galeria: Anteparos, de Alline Nakamura.