Matéria sobre audiência remota do Cejusc de Atibaia repercute em site inglês

Matéria sobre audiência remota do Cejusc de Atibaia repercute em site inglês

O Remote Courts Worldwide, site especializado em ajudar a comunidade global de operadores do Direito a compartilhar suas experiências de alternativas remotas de audiências, replicou matéria divulgada no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), sobre audiência remota realizada pelo Cejusc de Atibaia.

A matéria intitulada “Cejusc de Atibaia realiza sessão de conciliação inédita e desperta a curiosidade da imprensa local” trata da sessão de conciliação por videoconferência realizada pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania – Cejusc de Atibaia, que foi conduzida de Indianápolis (IN), nos EUA, pela conciliadora Ariane Sabrina Batista, advogada graduada pelo Centro Universitário UNIFAAT.

No dia da audiência, após o encerramento da sessão de conciliação, ocorreu uma coletiva virtual com o juiz responsável pelos Cejuscs de Atibaia, Janiru e pelo Posto do Cejusc na 3ª Companhia da Polícia Militar de Atibaia, Rogério Aparecido Correia Dias, que concedeu entrevista para os jornalistas Marta Alvim e Luiz Gonzaga Neto, sobre a audiência remota internacional.

Matéria publicada no TJSP

O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Atibaia realizou, ontem (22 de julho), sessões de conciliação que fugiram do formato tradicional. Além de ocorrerem virtualmente, com o uso da plataforma Teams, na primeira, a conciliadora, que conduziu os trabalhos, estava na cidade de Indianápolis, nos Estados Unidos, onde vive atualmente. Na segunda, o juiz responsável pelos Cejuscs de Atibaia, Janiru e pelo Posto do Cejusc na 3ª Companhia da Polícia Militar de Atibaia, Rogério Aparecido Correia Dias, junto com os conciliadores, concedeu entrevista, também pelo Teams, para os jornalistas Marta Alvim e Luiz Gonzaga Neto, já que ambos queriam noticiar a novidade da audiência internacional.

Ariane Sabrina Batista é conciliadora há dois anos e se mudou recentemente para os EUA. Ao tomar conhecimento da realização de sessões de conciliação online, em razão da necessidade de distanciamento social, dispôs-se a continuar o trabalho que desempenhava em Atibaia, provando que a distância não é impedimento para a celebração de acordos. Ela destacou que a solução pacífica de conflitos tem agradado muito a população e que a demanda por esse tipo de recurso só aumenta. “As pessoas confiam muito no nosso trabalho. Durante a pandemia conseguimos seguir o objetivo de cultivar a paz e nos reinventamos ao invés de colocar barreiras no trabalho remoto. Tive a honra de conduzir essa sessão mesmo estando em outro país, o que demonstra o potencial de alcance da videoconferência”, disse.

Segundo o magistrado, as pessoas em conflito tendem a procurar uma solução rápida para seus problemas. “No campo em que atuamos, nada é imediato, tudo precisa ser trabalhado e o remédio é sempre o diálogo, em especial nos conflitos que envolvem as relações familiares”, ressaltou. O juiz lembrou a célebre frase de Mahatma Gandhi para exaltar o trabalho dos centros judiciários: “Não há caminho para a paz, a paz é o caminho”.

O jornalista Luiz Gonzaga Neto compartilhou suas impressões sobre o trabalho do Cejusc e sua experiência pessoal com o serviço. “Aqueles que trabalham com conciliação e mediação, geralmente, são pessoas entusiasmadas pelo tema, e o mundo de hoje precisa dessa postura. Eu não sou apenas um apoiador, tenho gratidão pelo Cejusc, que ajudou na reestruturação da minha família e da vida do meu neto. Testemunhei a importância do trabalho de vocês e serei eternamente grato”, disse.

Marta Alvim, jornalista, contou como vê o trabalho do Judiciário e que acompanha os Cejuscs desde a instalação da primeira unidade. 

Também participaram da entrevista os gestores dos centros de conciliação, Edson de Oliveira Dorta (Atibaia) e Marcos Ximenes de Brito (Jarinu), a conciliadora do Posto do Cejusc na 3ª Companhia da Polícia Militar de Atibaia, Viviane Porfirio da Silva e a colaboradora de Jarinu Selma Neves.

           

Sobre o Remote Courts Worldwide

Para garantir o acesso contínuo à justiça, governos e judiciários estão introduzindo rapidamente várias formas de ‘tribunal remoto' - audiências de áudio (principalmente por telefone), audiências de vídeo (por exemplo, por Skype e Zoom) e audiências em papel (decisões proferidas com base de submissões de artigos). A uma velocidade notável, novos métodos e técnicas estão sendo desenvolvidos. No entanto, existe o perigo de que a roda esteja sendo reinventada e de que haja duplicação desnecessária de esforços em todo o mundo. Em resposta, este site oferece uma forma sistemática de inovadores de tribunais remotos e pessoas que trabalham no sistema de justiça para trocar notícias sobre sistemas operacionais, bem como sobre planos, ideias, políticas, protocolos, técnicas e salvaguardas. Ao usar este site, os trabalhadores da justiça podem aprender com os sucessos e decepções uns dos outros. Por favor, contribua.

O serviço é um esforço conjunto - patrocinado pela Society for Computers and Law, financiado pelo UK LawTech Delivery Panel e apoiado pelo Her Majesty's Courts & Tribunals Service. Também se baseia na comunidade que foi criada no Primeiro Fórum Internacional de Tribunais Online, realizado em Londres em dezembro de 2018, quando 300 pessoas de 26 países se reuniram para falar sobre o uso da tecnologia para transformar o trabalho dos tribunais. 

O Remote Courts Worldwide é presidido pelo Professor Richard Susskind.

 

Fonte imagem de capa: Paulo Santana - Tribunal de Justiça de São Paulo.

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